20
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 15:56link do post | comentar | ver comentários (3)

 

 
“O Benfica é um clube diferente, os Benfiquistas são assim…”
“A diferença é o nosso Orgulho e a nossa Grandeza”.
 
São dois estribilhos frequentes disseminados na Alma Benfiquista.
Em muito Benfiquista, é desabafo de sublimação do sentimento de amargura. O Benfica perdeu o lugar que foi seu durante décadas de triunfo reiterado. E o lugar de domínio que, pela sua natural grandeza, só pode ser seu, tarda demasiado a regressar.
 
Desabafo ou convicção – mais convicção que desabafo – a realidade sufraga-os desde a sua longínqua génese.
O Benfica nasceu do povo e no povo.
O Benfica formou-se do povo e no povo.
O Benfica engrandeceu-se do povo e no povo.
 
O Benfica é diferente porque se modela num Benfiquismo muito seu.
A Alma Benfiquista é um todo imenso do viver, do sentir e do expressar o Benfiquismo.
 
 
O Benfiquista preocupa-se com o seu Benfica. Se acaso discorre sobre outrem é porque esse outrem se preocupou dispensavelmente com o Benfica.
O Benfiquista vive o Benfica, o não benfiquista vive do Benfica, é um parasita.
 
MST e JAL, por exemplo, oferendam o seu parasitismo, com pompa e circunstância, no seu cronicar semanal. Sustentam-se do Benfica. São órfãos de ismo porque “portismo” ou “sportinguismo” é sinónimo de sanguessuga de Benfiquismo.
 
 
D. Leonor Pinhão é Alma Benfiquista em Gloriosa Paixão.
Cuida do Benfiquismo, é-lhe indiferente o parasitismo.
 
D. Leonor, com a fermosura das Almas predilectas do Benfiquismo, expressa sua lírica na ironia sublime com que cuida das letras em suas belas crónicas de fervor Benfiquista. No papel de feiticeira dilecta das musas, se anuncia agora em nobilíssimo desempenho de defensora de Quique Flores.
Um Quique majestoso na arte do conhecimento do grande derby centenário em que o triunfo paira sobre a cabeça da pior personagem do momento. E que para isso se previne, com engenho e arte, contra o Guimarães.
Só um Quique ignaro do grande derby permitiria um Benfica triunfante, contra um Sporting derreado a 12 contra 1 germânico.  
 
 
Não há hiato de menos excelcitude em sua pena. D. Leonor, sempre fermosa e mui segura, bica ferocíssima em JAL ou qualquer intrometido.
Conhece como ninguém o sentir da Alma Benfiquista. Por isso, pior do que o colérico Benfiquista que excomunga o seu técnico nas primícias do sonho desventuroso, é a absolvição e o comiserativo aconselhar futurístico de um qualquer JAL, ou as “carradas de elogios dos adversários” do Benfiquismo, “que é a pior coisa que pode acontecer a um treinador do Benfica”.
 
Este elogio estranho é tacanho, mesmo que seja inerme. Não há que tolerar, há que esconjurar! Ou melhor, satanizar o seu objecto e expurgar a sua peçonha.
 
É o sentir da Alma Benfiquista que D. Leonor conhece como ninguém.
 
 
Sem cessar sua excelsa arte, em traquinice metafórica e prosopopeica, emoldura a novel Taça de bebezinha de cueiros e cordão umbilical por apartar.
É uma escapada pudibunda de D. Leonor, que mais parece um imérito e imprevisto abandono de inspiração.
 
Quique “inventou a crise necessária”!
Por cueiros, fraldinhas e cordão umbilical entrelaçado!
E ganhou uma Musa do Benfiquismo!
 
 
 
É assim o Benfiquismo.
A Alma Benfiquista é senhoril, não é Razão, é Coração.
Benfica e Benfiquista é Benfiquismo!
 
É o Benfica que faz os Benfiquistas?
São os Benfiquistas que fazem o Benfica?
 
Que importa?
É a Alma Benfiquista num sentir e expressar de vivência Imortal do Benfiquismo!

19
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 20:16link do post | comentar | ver comentários (1)

 

Os funcionários do FCP andam numa azáfama diabólica. São encomendas para aqui, são encomendas para ali. Recordemos só as mais recentes.
 
Comecemos com Fábio Coentrão, jogador do Rio Ave emprestado pelo Benfica e, consequentemente, ligado a este clube por contrato de futebol. Findo o recente encontro no Dragão entre a equipa por que alinha e o FCP, Coentrão não se coibiu de falar, perante as câmaras de TV, o que toda a gente viu. Sem papas na língua, disse que o Rio Ave só tinha perdido o jogo porque o árbitro do encontro assim o quis.
E falava verdade!
 
O árbitro havia inventado um penaltie contra a sua equipa só porque um seu colega não quis servir de encosto ao jogador do FCP … e deixou-o cair, claro!
E pagou por ser egoísta! Já se viu … não dar encosto a um jogador da casa!  
 
O mesmo árbitro validou o segundo golo ao FCP porque agora o colega soube ser magnânimo, estava já prevenido e deixou o costado à disposição, a fim de que o matulão do FCP pudesse trepar à vontade por ele acima e chegar à bola para marcar.
 
Os assalariados do FCP não permitem que outros façam, tragam ou levem encomendas, e vai de acusar o rapaz de estar a transportar para os ecrãs da TV o que lhe encomendaram.
E ralharam forte e feio com ele!
 
 
A outra encomenda de que a malta “portista” não gostou foi a que um antigo colega da RTPN levou ao professor. Este rapaz, de microfone na mão e flash de câmara nos olhos, também teve o desplante de levar perguntas encomendadas para a guarita do Dragão e colocá-las ao professor Jesualdo!
Foi um ver se te avias! Um assalariado, por sinal, o tal ex-colega, não gostou mesmo nada da encomenda e não está com meias tintas. Parece que era ele, na ocasião, o carteiro incumbido do transporte, o encomendeiro albardado de serviço.
 
"és um filho da p…, um bardamerdas, és muito pequeno para mim"
 
É assim com estes mimos que se trata a concorrência serviçal da encomendadoria lá no Dragão.
 
É bem feito. Como antigo colega, o atrevido concorrente já devia saber bem do que a casa gasta!
Já devia saber que o seu ex-colega, agora assalariado directo do FCP, tinha um feitio do caraças e que de encomendas é com os assalariados do FCP, seja a que nível for.
 
 
Estes rapazes são realmente uns inocentes, uns pacóvios! Metem-se em cada alhada!
Não sabem quem faz a encomenda (e recomenda) viagens de férias a árbitros!
Não sabem quem faz a encomenda (e recomenda) fruta aos apitadores e aos bandeirantes!
Não sabem quem faz a encomenda (e recomenda) de envelopes recheados.
 
Estes rapazes não sabem que os CTT nem sequer são os monopolistas das encomendas de e para o Dragão.
Estes rapazes não sabem que o Dragão tem o serviço exclusivo dos envelopes e das respectivas encomendas.
Estes rapazes não sabem que o serviço de envelopes e encomendas são uma marca registada do Dragão.
Estes rapazes não sabem que o serviço de envelopes e encomendas é patente da casa.
 
 
Enfim, estes rapazes não sabem nada de nada!
Pois então que aprendam!...  

18
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 10:58link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 
«Resta-me esperar que alguém oiça Miguel Sousa Tavares e dê a Ana Salgado a credibilidade que ele reclama»
 
Assim terminava a última crónica de Ricardo Araújo Pereira, no jornal “A Bola”, em defesa do Benfica. Era a resposta adequada e brilhante à afirmação em tempos feita por MST, que escrevia:
 
«Por que razão a D. Carolina — com o curriculum vitae e as motivações de vingança que se conhecem — é uma testemunha tão credível para a dra. Maria José Morgado, e a irmã, sem passado nem motivações correspondentes, é apenas uma difamadora, quando se atreve a vir a público desmentir a maninha?»
 
MST não gostou e eu não gosto que falem mal do Benfica nem dos Benfiquistas. E ainda menos gosto de que, para isso, se mistifiquem os factos e se deturpe a verdade.
 
 
MST bem tentou mas não conseguiu responder a RAP. Aliás, é notório, na sua crónica, essa incapacidade, numa confissão implícita do conteúdo das palavras de Ricardo.
 
Começo por analisar esta pérola de frase da crónica de MST:
 
«Não sei o que RAP sabe de Direito e julgamento, mas, se me permite citar a minha experiência de 12 anos de advocacia, com muito crime pelo meio, garanto-lhe que nunca vi nem ouvi contar um caso em que o MP, a meio de um julgamento, se tenha apoderado de uma testemunha de defesa e passado a usá-la contra a própria defesa».
 
MST não é obrigado a ver e a ouvir tudo. De resto, andou muito pouco tempo na advocacia e não só não viu nem ouviu, como demonstra que nem sequer aprendeu.
A frase nem teria outro interesse se ele não a tivesse terminado com a expressão:
 
 «…se tenha apoderado de uma testemunha de defesa e passado a usá-la contra a própria defesa».
 
É que ele, com esta frase, só quis aproveitar-se da natural carência de conhecimento técnico-jurídico do que é uma testemunha. As pessoas, que não lidam de perto com as especificidades do Direito e da Lei, certamente que não são obrigadas a saber mais do que sabem e já é bastante, muito mais do que MST pensa.
Mas é um facto de experiência vivida que existe entranhada a ideia de que a testemunha é, ou do réu, ou do acusador. Isto é, a testemunha é de quem a indicar no rol de testemunhas.
 
Nada de mais falso. Tal princípio nem no processo civil se verifica.
Uma testemunha não é de ninguém!
Ou, se preferirem, uma testemunha não pertence a ninguém, não está ao serviço desta ou daquela parte, no processo a que foi chamada a testemunhar!
 
Uma testemunha está apenas e só ao serviço da verdade e da justiça!
 
Por isso, perante a autoridade judicial, as testemunhas têm de prestar um juramento antes de depor:
 “Juro, por minha honra, dizer a verdade e só a verdade”.
 
Deste modo, a testemunha indicada por uma das partes pode ser contra interrogada pela outra parte. Nesse contra interrogatório, pode-se desacreditar o testemunho que ela prestou no interrogatório anterior, e ou pode-se mesmo fazer prova contra a parte que a apresentou.
 
A testemunha tem o dever de responder com verdade às perguntas que lhe forem dirigidas, sejam elas feitas pelos Juízes, pelos Jurados (quando os houver), pela acusação ou pela defesa!
E isto, mesmo que a parte que a indicou tenha prescindido do seu depoimento! De resto, Ana Salgado só não foi ouvida, a requerimento do MP, com o fundamento – que veio a público – de não ter conhecimento directo dos factos em julgamento!
 
O processo penal tem como princípio fundamental a descoberta da verdade material e não apenas da verdade formal.
Daqui derivam vários princípios e postulados. Cito dois.
v     Em processo penal não há prova preconstituída;
v     A prova tem de ir buscar-se onde ocasionalmente se encontre;
 
MST também esquece, propositadamente, crê-se, que o MP não é parte em processo penal. O MP está vinculado aos princípios da:
v     Legalidade;
v     Objectividade
v     Imparcialidade.
 
Isto significa que o MP tem tanto o dever de procurar e reunir todas as provas que possam condenar um alegado autor de um crime, como o dever de procurar e reunir todas as provas que possam provar a inocência desse alegado criminoso.
 
MST, não podendo responder a RAP, ladeia a questão com mais umas afirmações burlescas e incoerentes com o que ainda há bem pouco escrevia no mesmo jornal. Afirma ele nesta crónica-resposta, a certo passo:
 
«…a verdade flutuante das gémeas, ora com este, ora com outro, ora juram por isto, ora pelo seu contrário…»
 
Mas não foi ele que, apenas há oito dias atrás, se lamentava da «…fatal tendência para as más companhias…» uma característica que ele atribuiu ao seu presidente?!
E será que nesta fase do degredo do seu “provinciano”, depois de ter recebido os envelopes recheadinhos, essa irmã, «sem passado nem motivações correspondentes», já é uma difamadora, quando se atreve a vir a público desmentir o desmentido?
 
 
Embora sem o descaramento anterior, MST tenta a todo o custo desviar as atenções e insinuar que agora já é o repudiado namorado de Carolina, o mais credível da história … naturalmente, depois de Pinto da Costa! …
 
Como diria Ricardo Araújo Pereira, certamente porque o tal namorado não falou de envelopes…
 
Termino só com esta pérola. MST queixa-se de que, no jogo contra a Naval, o árbitro não marcou 3 (três!) penalties a favor do FCP. Teve receio, acrescentou, de que pensassem que «…fosse só ele a ver a coisa deformada…» e foi consultar «…o painel dos três ex-árbitros de “O Jogo”…»!
E não é que, acrescentou regalado, «…coisa rara, os três coincidiam…»?!!!
 
Descobriram mesmo a “raridade”?!!!

13
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 20:07link do post | comentar | ver comentários (7)

 

A última crónica de MST em “a Bola” revela um homem novo, tristemente amargurado.
Diga-se desde já, porém, em abono da verdade, que a novidade do seu ego é nitidamente bipolar. Concretizando melhor, um dos pólos do seu ego mantém-se, religiosa e fanaticamente, fiel às travessuras mistificadoras da história, ora esquecendo, ora invertendo, ora inventando.
O outro pólo foi sendo compelido, intercaladamente, para a realidade, parte da qual já começa a compreender e a admitir. A partir daqui, lança o seu angustiado lamento contra aquela realidade que emblema o seu presidente e a postura que este adopta perante ela.
E surpreende-nos com algumas revelações.
 
MST começa, obviamente pela parte do ego que repele a história e a verdade. Aí, tenta o lenitivo de suas mágoas, um desesperante paliativo da crueza da realidade que repudia.
O que “passará à história”, escreve, “é a operação sabiamente planeada e montada com o objectivo principal de quebrar os rins ao FCP, pôr ponto final na sua hegemonia futebolística”. E “não no terreno do jogo”, continua, mas “fora de campo, no terreno da justiça”.
 
Já alguém chamou a este discurso – e MST também – o protótipo da “teoria da vitimização”, em especial quando reportado a um discurso de um político com algumas responsabilidades.
Claro que ele apenas se compreende como um desabafo, um suspiro profundo que tenta ilidir a amargura de uma realidade que vai penetrando – dificilmente, é certo – a parte do ego que ainda resiste a admitir o óbvio mas se vai aos poucos conformando com a verdade.
 
Sim, MST continua, como dizia Ricardo Araújo Pereira, a escrever coisas de que não percebe nada, ou faz que não percebe. Custa a acreditar que um homem tão sabichoso, como tanto enaltece MST, se deixe enredar numa “operação sabiamente planeada e montada”…
Mas que acreditemos nisso, é só o que MST pretende. Todavia, engana-se a si próprio e não consegue enganar os outros.
 
Que a dita “operação” tenha por cenário o tribunal e não o “campo”, é apenas mera consequência da realidade rebelde ao ego bipolar de MST. De facto, é porque o “campo” está minado pela alegada batotice em julgamento, acerca da manipulação da verdade desportiva, que se escolhe o tribunal como cenário. É lá que se tenta apurar a verdade material dos indícios de comportamentos que constituem crime. É lá o único lugar indicado para isso.
 
MST sabe muito bem que a “hegemonia futebolística” de que fala está precisamente em causa por esses indícios de corrupção desportiva.
 
O “senso comum e a simples boa-fé” sabiam – e sabem – que, desde há duas décadas e meia para cá, os resultados desportivos estão, na maioria dos casos, viciados à partida! Já poucos acreditam na verdade desportiva!
O “senso comum e a simples boa fé” têm perfeito conhecimento do que foi dito e não negado nas escutas telefónicas, nas viagens de férias pagas a árbitros, da oferta de fruta, dos quinhentinhos, dos domínios sobre a arbitragem e sobre os órgãos desportivos de disciplina e de justiça, dos “tristíssimos” juízes Mortágua – a adjectivação é da pena de MST, não nossados conselhos e avisos “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
O “senso comum e a simples boa fé” vão deixando os estádios de futebol cada vez mais às moscas.
 
O apito dourado não é a causa, como pretende MST.
O apito dourado é a consequência dos indícios da corrupção, da batotice, da desvirtuação dos resultados desportivos e, inelutavelmente, da correspondente verdade desportiva.
 
E a “sentença popular” já foi proferida há tanto tempo!...
 
Um simulacro de campeonato do mundo de clubes só foi instituído há quatro anos. É um arremedo, mas, enfim, ainda lá estão presentes os campeões de clubes da Europa, América, Ásia, África e, salvo erro, da Oceania ou qualquer coisa do género.
E passou a ser organizado pela FIFA.
 
Aquilo em que o FCP participou e ganhou, era apenas a taça Toyota, antigamente denominada, taça intercontinental, conquanto só albergasse os campeões de clubes do continente europeu e do continente sul-americano.
 
Consequentemente, o FCP nunca foi campeão do mundo de clubes!
 
MST para além de colocar o Benfica como o centro de todos os males de que o FCP e seu presidente padecem – e tem razão, porque o Benfica, pela sua grandeza ímpar, foi sempre o alvo a abater – também se vira, furibundo, para o PGR apenas por ele ter dito que, depois do julgamento de Pinto da Costa, nada ficava como dantes.
O Dr. Pinto Monteiro disse a propósito:
«…pode não se provar que sejam culpados, mas já se provou que houve indícios…»
 
Tem razão o Dr. Pinto Monteiro, o tribunal provou haver indícios de prática de crimes susceptíveis de obrigar os réus a responder perante a justiça.
 
Isto é a realidade, a verdade dos factos, mas MST refuta, escrevendo que, “em dois ou três casos em que o MP quis acusar, a justiça reduziu os seus (do Dr. Pinto Monteiro) indícios a meras intenções sem fundamento e a sua (ainda do Dr. Pinto Monteiro) querida testemunha a alguém desprovido de qualquer credibilidade”…
 
MST de novo se faz esquecido de algumas coisas importantes. Tenta vender o seu peixe, mas a crise actual não o vai ajudar muito…
 
As decisões da justiça recaíram sobre factos diversos dos que estão agora em juízo. Essas decisões não inocentaram ninguém porque se referem apenas aos indícios recolhidos pelo MP.
Por conseguinte, tais decisões são até uma mera crítica implícita aos investigadores, os quais não conseguiram ser competentes no seu mester e recolher indícios suficientes para sustentarem uma acusação.
Por outro lado, MST omite que a mesma justiça – que supostamente teria desconfiado da credibilidade da sua querida testemunha – foi aquela que já concedeu toda a credibilidade à mesma querida testemunha e obriga Pinto da Costa a sentar-se de novo no mocho do tribunal, por causa das estaladas que, indiciariamente, terá pespegado nessa testemunha.
 
MST omite convenientemente, portanto, o processo judicial já denominado “estaladas em Carolina”, pelo qual Pinto da Costa também terá de responder na justiça.
 
MST pode ser muita coisa. Mas ingénuo não! Só que revela uma ingenuidade ridícula e provinciana tentar convencer os amantes do fenómeno futebolístico do porquê de não serem investigados os presidentes do Benfica, do Sporting, do Braga ou do Vitória de Guimarães.
Certamente que foram investigados!
A grande diferença é que não foi encontrada matéria factual que pudesse ser subsumida em qualquer tipo de crime, o que não aconteceu com o presidente do FCP.
De resto, MST falta à verdade. O presidente do Vitória de Guimarães, não este mas o antecessor, foi investigado e julgado pelos tribunais.
 
Mais uma confusão das muitas de MST é a sua afirmação escrita de que “todos os que intervieram, a vários níveis, para acusar o FCP são simpatizantes do Benfica”.
Então, Carolina Salgado, a chave de toda a acusação, segundo ele, também é simpatizante do Benfica?!
Grande novidade!
Foi, então, por isso que ela várias vezes ofendeu e foi até mal-educada para com Luís Filipe Vieira, recusando-se a cumprimentá-lo, virando-lhe as costas, apodando-o de “orelhas” e indo, provocatoriamente, sentar-se no meio das claques “portistas”, num jogo realizado no Estádio da Luz?!
 
MST não acredita que fosse preciso comprar o árbitro de um jogo já sem importância alguma.
Não é verdade que não tivesse importância! O FCP ainda não era campeão! Quando recebeu o árbitro, Pinto da Costa ainda não sabia que o seu aliado e satélite do Lumiar iria perder o jogo que disputava no dia seguinte à visita!
E, depois, a questão fundamental não era a do campeonato português. Era a do jogo da Liga dos Campeões que o FCP iria disputar daí a três dias, com o Desportivo da Corunha. O FCP queria fazer descansar a maioria dos seus titulares, sem sobressalto de maior, tal como fez. Jogou o jogo arbitrado pelo árbitro co-réu sem nove titulares.
O Corunha foi obrigado a jogar o seu jogo do campeonato espanhol e o jogo contra o FCP com os mesmos jogadores. Não recebeu o árbitro desse jogo na véspera do mesmo para lhe oferecer um cafezinho ou lhe prestar um conselho familiar.
Por isso, há indícios de que o FCP quis, não só defraudar a verdade desportiva do campeonato português, como ainda a verdade desportiva da Liga dos Campeões.
É muito diferente jogar com nove jogadores fresquinhos, que podem dar o litro, do que com eles meio cansados do jogo anterior, em especial num jogo de tudo ou nada ou, como diz Scolari, do mata-mata.
   
MST afirma também que Pinto da Costa “é, de longe, o presidente que mais percebe de futebol e um dos raros que não chegou ao futebol por acaso e para se promover socialmente”.
 
Certo, estamos a lembra-nos das facadas nas costas do seu (dele, Pinto da Costa) presidente, naquela época em que ele era apenas um mero director desportivo, mas um director desportivo, ou coisa parecida, com a dimensão que, ao tempo, era atribuída a tal cargo, ou seja, pouca ou nenhuma:
Isso, porém, não o impediu de abalar das Antas com cerca de metade da equipa, a parte que aliciou, e ir treinar com essa metade para, salvo erro, Leiria. O verdadeiro treinador ficou com a outra metade para treinar.
Pinto da Costa dividiu o FCP em dois e só o voltou a unir, quando o seu (dele, Pinto da Costa) presidente daquele tempo cedeu às suas reivindicações e, se a memória me não atraiçoa, se demitiu.
Foi o primeiro assalto ao poder e isso só pode ser bem sucedido, se levado a cabo por quem perceba da poda!
 
Depois, vem o acompanhamento de que se rodeou – a tal tendência “fatal para as más companhias” e para “viver rodeado de gente pequenina”, de que fala MST! – uma vez conquistada a cadeira mais alta do poder presidencial. Foram Pintos para a presidência, foram Pintos para mandar nos árbitros, foram Pintos para mandar na Associação de Futebol do Porto e, assim, na FPF, foram apadrinhados de pintos para a justiça desportiva.
Pinto da Costa deu provas sobejas de perceber de futebol. Arrebanhou com a sua pintanhada todos os lugares importantes de acção e decisão, controlou todos os meandros do futebol.
Controlou polícias, fazendo até de um certo chefe Abel o chefe da trupe do arrianço.
Arrebanhou muitos presidentes de clubes pequenos, emprestando jogadores, a troco de favores e influências em votações.
Pagou (por engano de contabilista manhoso!) viagens de férias a árbitros, comprou e ofereceu fruta em quantidade que baste. Pelo meio, foi dando uns conselhos e fazendo uns avisos pragmáticos a quem ousasse resistência e saísse da linha.
E, finalmente, até conseguiu arrebanhar os políticos presidentes de Câmaras...e, alegadamente, mais uns cobrezitos para o seu clube …
 
De facto, mais ninguém no reino do futebol português conseguiu tal proeza!
 
Chegou lá ao futebol por acaso?!
Chegou lá ao futebol para se promover socialmente?!
 
Bom, alegadamente, alguns media, teriam noticiado algumas falências ou desistências de negócios! Alguns media noticiaram também que, ainda alegadamente, ele teria tido alguns problemas com o fisco por causa desses negócios e que teria posto alguns bens a recato, antes que fosse tarde e o fisco os descobrisse.
 
Porque não precisa de se promover, ele é, por isso, um presidente muito mal pago pelo seu clube. De resto, nem sabe quanto ganha! Vai inventando números atrás de números, até ver se acerta, os quais, ao que dizem as contas do clube, com a bênção da sua comissão de vencimentos, são uma ninharia!
Também, para que precisa ele socialmente do seu clube? Por acaso o status económico – provindo do que recebe pelo exercício da presidência – tem alguma coisa a ver com o status social?!
 
 
A nossa surpresa vem da descoberta da bipolaridade que MST patenteia nesta sua crónica em algumas revelações. Revelações que, diga-se em abono da verdade, estávamos longe de imaginar pudessem ser escritas por quem foram. Não há dúvida, a mente humana não pára de nos maravilhar!
 
MST lamenta-se por ver o presidente do seu clube sentado no banco dos réus.
É um sinal positivo de auto regeneração! Ao que parece, é capaz de ter de o lá ver mais vezes!
 
Mas o seu ego bipolar está sempre presente, não se iludam! O pólo rebelde faz questão de sublinhar, logo a seguir, que não são os indícios de corrupção desportiva que o sentaram no banco dos réus!
Tal infortúnio deve-se antes “à sua fatal tendência para as más companhias”.
Como “portista” MST não consegue aceitar “que o presidente do seu clube receba um árbitro em casa para tomar café” e, ainda por cima, “acompanhado do «empresário» António Araújo e com a Dª Carolina Salgado a fazer de dona-de-casa”.
 
Ora, aí está! MST ainda não sabe dos dotes do novel conselheiro familiar, ainda está preso à desculpa do cafezinho, o que só prova que, afinal, não é apenas a Dª Carolina Salgado que entra em contradições!
E o que o teria levado a colocar entre aspas a palavra empresário? Será que ele desconfia do artifício com que a personagem resguarda presumíveis e distintos afazeres, disfarçando-se de empresário?
 
A amargura do seu ego sobressai em toda a sua nitidez quando afirma ser “inacreditável que, mesmo acossado pela justiça, Pinto da Costa não tenha ninguém minimamente prestigiado para apresentar como testemunha abonatória … para além do tristíssimo juiz Conselheiro Mortágua”.
E reforça, comoventemente, que o seu presidente “ainda não tenha conseguido … despir a capa de provincianismo”… e que, pelo contrário, “tenha preferido, como qualquer cacique da província, viver rodeado de gente pequenina”…
 
MST, amargurado, comete naturalmente mais incoerências.
Se diz que Pinto da Costa tem uma tendência “fatal para as más companhias”, queria que aparecesse alguém “minimamente prestigiado” para o abonar?!
Desconhece MST o aforismo popular, diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és?!   
 
E depois, não foi MST também um dos que apoiava entusiasticamente o discurso provinciano de Pinto da Costa, na sua estulta tentativa de dividir o País entre o norte e o sul?!
Isto é, MST apoiou o provincianismo de Pinto da Costa, enquanto o não viu acossado pela justiça!
Agora, condena-o publicamente!
Isso não é também uma forma de abandonar o “provinciano”, como toda e qualquer pessoa ”minimamente prestigiada” o abandonou?!
 
Tanta amargura seria até comovente, se dela ressaltasse um resquício de sinceridade, por mais pequenino que fosse.
Depois, qual a razão para tanta amargueza e fingimento, se MST tem a certeza de que “só pode haver um desfecho, que é a absolvição”?!
 
MST antecipou-se, por azar, aos apelos do “provinciano” à Justiça Divina e aos seus juramentos da praxe, os quais englobam sempre a pessoa da filha. Mas já devia conhecer bem esses apelos, porque o seu “provinciano” os foi repetindo sistematicamente, sempre que o acusavam na Terra! E também já devia conhecer os juramentos pela saúde da filha.
Não foi assim que ele deu a punhalada nas costas ao Octávio, trocando-o por Mourinho?!
 
O que é imperdoável é que MST também não conheça o adágio popular: que já os nossos avós e bisavós, e os avós e bisavós deles, nos ensinavam:
“quem mais jura, mais mente”.
 
Comovedor, não é?!

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Excelentíssima Senhora
 
 
Não, minha Senhora, não venho recriminá-la.
Não, minha Senhora, venho apenas dizer-lhe que a compreendo e respeito.
 
A Dona Ana Salgado não nasceu em berço de ouro.
A Dona Ana Salgado nasceu no seio de uma família séria e trabalhadora.
A Dona Ana Salgado tem uma família que não vive na opulência.
A Dona Ana Salgado tem três filhos para sustentar, criar e educar.
 
Minha Excelentíssima Senhora, V. Exª agiu impulsionada pela necessidade e pelo sonho de todo o ser humano em ter uma vida melhor, para si e para os seus.
Minha Excelentíssima Senhora, V. Exª teve um momento de fraqueza humanamente compreensível.
 
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, não é V. Exª que é a criminosa.
V. Exª, Dona Ana Salgado, agiu por necessidade.
V. Exª, Dona Ana Salgado, agiu aliciada.
 
Criminosos foram e são aqueles que a tentaram e a levaram a ter um momento de fragilidade sabiamente aproveitado.
Criminosos foram e são aqueles que a instigaram a trair os laços sagrados do sangue.
Criminosos foram e são aqueles que se aproveitaram dessa sua fragilidade para tentar encobrir os crimes que, pela necessidade que sentiram de a aliciar ao falso testemunho, possivelmente cometeram.
Criminosos foram e são aqueles que a aliciaram para fugir às malhas da justiça e tentar que os seus actos passassem impunes.
 
 
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, não posso recriminá-la.
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por cem justos que não têm de que se arrepender.
 
 
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, temo sinceramente pela sua integridade física e pela integridade física dos seus.
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, temo mesmo, sinceramente, pela sua vida e a vida dos seus.
 
Minha Excelentíssima Senhora, confie apenas nos seus entes queridos.
Minha Excelentíssima Senhora, não confie em nenhuma guarda pessoal, mesmo da PSP e, em especial, da PSP do Porto e arredores.
 
V. Exª certamente sabe, ou pelo menos ouviu dizer, das agressões cometidas contra um Presidente de um clube grande da capital, aqui há vinte e poucos anos, mais ou menos.
V. Exª certamente sabe, ou pelo menos ouviu dizer, que essas agressões teriam sido comandadas por um certo guarda Abel, da PSP do Porto.
V. Exª certamente sabe que o treinador Mourinho, mesmo ganhando títulos nacionais e europeus nunca antes ganhos por esse clube, não viajou com a sua equipa acabadinha de se sagrar Campeã Europeia, preferindo fugir.
V. Exª certamente sabe que o mesmo treinador Mourinho diz publicamente que, se quiser deslocar-se a “Palermo”, o tem de fazer armado e rodeado de uma escolta bem apetrechada.
V. Exª certamente sabe da tareia com que foi mimoseado um certo vereador da Câmara Municipal de Gondomar, por ter saído da linha.
V. Exª certamente sabe das ameaças feitas ao jogador Paulo Assunção e à sua família, que o levaram a fugir à pressa para o estrangeiro.
V. Exª certamente sabe que sua irmã gémea, Dona Carolina Salgado, teve de ir viver para longe dessas paragens da invicta e mui nobre cidade do Porto.
V. Exª certamente sabe o que a PSP da mui nobre e invicta cidade do Porto fez aos adeptos do Sport Lisboa e Benfica, no recente jogo com o Futebol Clube do Porto.
V. Exª certamente sabe das agressões de que foi alvo sua irmã gémea, Dona Carolina Salgado, quando saía do tribunal de Vila Nova de Gaia, mesmo rodeada pela PSP daquelas bandas.
 
 
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, a senhora demonstrou, logo a seguir ao Dia Mundial da Mulher, que é uma verdadeira Mulher.
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, louvo a sua determinação em contar a verdade.
Excelentíssima Senhora Dona Carolina Salgado, presto-lhe homenagem sincera à sua coragem.
 
 
Excelentíssima Senhora Dona Ana Salgado, apresento-lhe as minhas homenagens e os meus mais respeitosos cumprimentos.

12
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 10:29link do post | comentar

 

1.O julgamento de Pinto da Costa tem sido extraordinário em acontecimentos bem à portuguesa. E quem estava acostumado, noutros tempos já tão longínquos, a ver moderação, sobriedade, profundidade, objectividade, rigor e verdade, tem de estranhar profundamente a substância e a forma dos episódios dos actores, das personagens e dos figurantes.
 
2.Começou o julgamento com o pitoresco episódio dos motivos da visita domiciliária.
Não era uma visita qualquer. Era um árbitro de futebol que visitava o presidente de um clube de futebol, na véspera de um jogo de futebol com o clube de futebol de que o visitado era (é) presidente.
Não era um conselheiro familiar qualquer. Era um conselheiro familiar farto do casa e descasa, de concubinas e alternadeiras, de uniões e desuniões de facto ou de direito.
 
3.Segue-se o episódio do Juiz Mortágua.
O Juiz Mortágua é um cómico de fina têmpera. A sua especialidade é a ironia do ridículo.
“500 contos, só para aquecimento”…
“Há árbitros corrompidos”
“Há clubes corruptores”
O Meritíssimo tem mesmo conhecimento de um caso concreto, de 1500 contos recebidos a dobrar.
 
Como conselheiro da justiça desportiva portuguesa sabe tudo isso e não cumpre o seu dever.
Como Juiz, tem, ética e juridicamente, dever de agir e não age.
Porta-se como o mais banal de um certo tipo de portugueses que sabem imensas coisas, qual delas a mais gravíssima, mas só atiram bocas.
O Juiz Mortágua lança atoardas, não concretiza nem age.
 
4.Os jornais do sistema dominado pela controlinveste, cujo dono é “portista” de gema, fazem paragonas com as supostas contradições de Carolina.
Como se eles próprios, a família, não fossem o mais refinado exemplo de contradição! Lembramo-nos de Pinto da Costa a convidar o árbitro para tomar o cafezinho da praxe e, mais tarde, de Pinto da Costa conselheiro familiar.
Mas eles são ainda ignorantes porque só valem as provas produzidas e apreciadas em audiência de julgamento, salvo raríssimas excepções que não vêm ao caso.
 
5.Num orgástico deleite, os mesmos escribas, em convicção bacoca e provinciana, referem-se aos ditos de um amante ou chulista namorado de Carolina que teria assistido a um suposto encontro desta com Luís Filipe Vieira, a uma delirante troca de beijinhos e a uma hipotética e solícita oferenda abonatória, se acaso houvesse necessidade.
 
Alguém, minimamente atilado, poderia acreditar que tão estapafúrdia historieta, mesmo presumindo em teoria, como mera hipótese académica, que tivesse acontecido, se passaria alguma vez em presença deste amante abandonado e emplastrado da corrupção em julgamento?
O coitado é o tipo de português patético, o gabarola sabe tudo só para conseguir esmolar uns míseros cêntimos!
São espécimes tão deprimentes que nem imaginação têm para o biscate e reproduzem mal o ensaio da sua lavagem ao cérebro.
 
6.Como escrevia MST, para nosso espanto, acrescente-se, “são gente pequenina de que o réu vive rodeado, que lhe presta culto mas desprestigia o clube”. E acrescenta:
“É de uma pobreza franciscana – MST volta a ter razão e a surpreender-nos – que Pinto da Costa não tenha conseguido ninguém minimamente com prestígio para o abonar como testemunha”!
 
O homem foi abandonado à sua sorte, se tiver de pagar na justiça, ninguém se quer queimar. Estamos em ano de eleições, agora não há pausa para jantaradas de vassalagem, o homem está sentado no mocho, sai de lá chamuscado, mesmo que não condenado pela justiça penal, que pela outra já o é! 
 
7.A gémea Salgado era testemunha arrolada pelo réu. Em tempos, declarara ela, solenemente em auto registado, ser tudo mentira o que Carolina escrevia, dizia e declarava.
Sentiu-se mal logo no início do julgamento e deu à sola.
O réu dispensou o seu interrogatório!
 
Fez bem o réu. A gémea Salgado não presenciara factos, destinava-se, como os restantes testemunhos, a desprestigiar, a descredibilizar a investigação e a prova produzida e a produzir pelo Ministério Público. Para o senso comum, foi desde logo nítido que ela fora ensaiada, a troco de favores e de uma vidinha menos desconfortável e economicamente preocupante.
Quem se não lembra das repetidas palavras do seu progenitor? Só de juízo perdido e transtornado a gémea tivera essa atitude, acrescentava.
Depois, o presságio da verdade era já uma certeza, não era preciso ser adivinho para descobrir o que ela acaba de declarar em novo inquérito e perante outro Magistrado do Ministério Público.
  
8.A Meritíssima Juíza também não quis que o Ministério Público interrogasse a gémea Salgado.
Nem perante as novas revelações desta alterou o seu veredicto.
Segundo é noticiado, a gémea Salgado nada tem a acrescentar à prova dos factos em julgamento, justifica a Meritíssima.
 
É discutível. Certamente que a gémea Salgado não presenciou esses factos e que foi ensaiada e  alegadamente subornada, em sede de instrução, a declarar o contrário.
Mas agora, pelo menos, vem dar o dito por não dito e acusar o réu de a ter comprado para testemunhar factos que pudessem ilidir a prova dos factos relatados por Carolina.
Não será isto importante para a Senhora Juíza melhor poder formar a sua convicção sobre a verdade material, o objectivo último do processo penal?
Ou a Meritíssima já tem a sua convicção perfeitamente formada?
 
9.Parece que o Ministério Público interpôs de imediato recurso. E ainda bem! Assim, a recusa da Dr.ª Juíza vai poder ser apreciada por tribunal superior, em recurso final da sua sentença.
 
Porque recurso vai haver, com toda a certeza, seja qual for essa sentença!
Só não se sabe de quem!
E até pode acontecer de ambos, Ministério Público e réu!

11
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 11:56link do post | comentar | ver comentários (1)

 

Dos artistas emprestados.
Dos salários atrasados
Dos favorzinhos aprazados
Dos promíscuos cozinhados
 
E assim desanda o futebolzinho aldrabado por esse Portugal de campos despovoados.
A Federação, e a Liga, ajudantes da cozinhada, lá se vão distraindo, pança recheada, em bocejada regalados.
O Governo de um Laurentino não sei quê, assobia descansado, vai lançando o bitaite desgovernado.  
 
 
O clube condenado por corrupção tentada, granjeia favores e apoios, de formas várias e bastardos feitios.
Eufemisticamente, tenta corromper árbitros, auxiliares de árbitros, avalistas d’ avaliações, observadores de vesgueira comprovada.
Semeia treinadores de boné mesureiro, artistas de playstation, com fogo de artifício brejeiro e mudez manhosa, e santos da casa de paciência empenhada.
Anuncia compras vespertinas de avivamento lambujeiro.
Oferece alvíssaras a salários em atraso e deixa speaker paus mandados babujentos.
Empresta mercadoria apodrentada em stock guarnecido e destinado à pagadoria das indulgências.
 
O empréstimo é sui generis. O emprestador entra com os milhões da compradoria e entra com os milhões da manutenção, agora em suaves prestações mensais mas sem aval de pagamento garantido.
Não, não se cansem, o empréstimo é oneroso, a pagadoria compensatória salda-se em campo, no trabalho ou na preguiça.  
 
O corrupto por tentativa tem um armazém recheado. 62 peças do passado, mais umas tantas anunciadas e já prometidas ou compradas!
Suas necessidades básicas consomem 24, o que resta do rebanho coloca no banco dos favorecimentos.
 
Depois a compensação. Este ano, o calendário assim ditou. Jogada sim, jogada sim, o compadrio costumeiro, ora em azafamadas pelejas ao que chamam de mouriscada, ora em santificadas pachorrentas de lassidão e desleixamento.
 
Os artistas do pagode são tacticamente programados pela cor. Vermelho em bandarilha, seu teclado pernilongo e peitudo investe furibundo, nunca se cansa, nunca descansa, nunca rebimba de tanta arfadura. Às tantas, nem os ferros da faena os desconsolam, eles se zurrem de domínio avassalante … mesmo que sem remate e sem proveito.
Proveito, bastas vezes, da orquestra do apito, desafinada mas bastante elogiada pela camarilha avençada. O mestre batuteiro só recompensa com dinheiro, e farto, não o costumeiro.
Assim o disse o ex-conselheiro, que o suposto envelopado era só uma tontice. Tão mal embrulhado, nem aquecia o paciente de aconselhamento tão necessitado.
 
E por ai se ficam os artistas!
Rotos e esfarrapados na peleja e na proeza, gastos bites e rebites do software sempre encartado, esgotada sua memória de caracol em lavagem cerebral, seu atavismo embrutece.
Esvaem-se os volts, amperes e resistências das canetas.
 
E chega, enfim a peleja patronal!
Infectados de vírus, não formatados por inerência e conveniência, encolhem-se seus cérebros atamancados. De baterias em baixo, seu alento é a soneca.
De memória baralhada e sistemas abrutalhados da virose, o arraial de benesses reinadio resgata o favor e reembolsa o compadrio.
 
artistas sonolentos, abrindo a boca, indolentes, cansados da pasmaceira dos minutos que não findam, mesmo sem salários atrasados, que jardim em ilha florida tem dinheiro dos contribuintes sempre atento.
Todavia, há sempre alguém que diz não! Julga-se apanha bolas do arraial, quer que seja sua, antes que atardeça. Está-se nos descontos mas o artista é medroso, não quer que o corrupto ganhe e, sem bola, pensa o tresloucado, não há ganhos p’ra ninguém.
Tontinho, nem se lembra do compincha aprazado e do árbitro apadrinhado.
 
Ele há outros tão sonâmbulos que já nem sabem quem são os seus correligionários, os verdadeiros. Os da mesma cor? Do mesmo patronato? Que recebem do mesmo saco?
Que grande chatice. Toma lá a bola, marca o golo, salva o teu e meu quinhão, temos de receber o milhão do salário, não apenas o tostão.
Coitaditos, não sabem em que baliza o sortudo marca o golo.
Nem querem saber!
E o milhão muitas vezes sem aparecer!
 
Há os que se esquecem da baliza que defendem e daquela em que devem marcar os seus golitos. Qualquer uma serve.
E marcam o seu golito, muitas vezes um golão!
Só não sabem que estão virados ao contrário!
De soneca refastelados, sabem lá eles se estão de frente ou de costados!
 
Os salários em atraso não são um flagelo. Há sempre um benemérito, conquanto condenado corrupto por tentativa, que promete. Promete ou compra um jogador, o menos mau da companhia, apresenta meia dúzia de milhares – os milhões já só existem no banco mas são deste e não do promitente das promessas – distribuem, quando distribuem, uns tostões a cada um.
E abram alas de agradecimentos infinitos, p’ró ano damos mais uns cobrezitos!
 
Salários em atraso e jogadores emprestados à borla são alas de namorados!
São vitórias escancaradas sem canseiras escusadas!
Favorecimentos prometidos de benesses enriquecidos!
Speakers louvaminhas ao papa, embebecidos, cantilenas laudatórias e jogadores enternecidos!
 
E os salários congelados, eternamente atrasados!
Apesar das promessas do novel conselheiro familiar já sem cheta p’ra gastar!      
 
 
Mais a sério, a promiscuidade é enorme e começa a fazer eco na imprensa. Na mais descarada, abertamente, na encapuzada, por vezes um fura-greves de zelo, dissimuladamente.
Podemos ler, com todas as letras, que certos comentaristas se interrogam dos porquês.
 
Por que se bateu o Nacional com tanto afã contra o Benfica e depois, ingenuamente, nos descontos, um artista deita mão à bola quando ela não oferecia o menor perigo para a sua baliza?
Por que se bateu o Setúbal tão arduamente no Estádio da Luz e depois abre passadeiras da largura da Avenida da Liberdade?
Por que se bateu o Leixões, diz o Zé do boné, que até sufocou o Benfica, para depois ser tão mansinho e, mais ainda, tão asinho no facilitismo dado ao FCP?
Ele foi penaltie sem justificação e necessidade, foi entrega de bola ao adversário para golo fácil, foi um abrir de alas reverente.  
 
Depois, a questão das compras ou promessas de compras de jogadores, nas vésperas dos jogos em que se defrontam FCP e clube vendedor ou promitente?
As respostas vêm depois, em campo e nos comentários. Veja-se Jorge Jesus, veja-se Carlos Brito, ambos escandalosamente roubados nos seus jogos contra o FCP.
Um mudo, outro calado ou fazendo a louvação da praxe, conquanto rebatida por um dos seus jogadores, ameaçado pela prol dos guarda-costas de lição encomendada.
 
 
Finalmente, os empréstimos em barda.
Deve ou não, jogador emprestado, jogar contra o patrão?
Se deve, surgem as insinuações e suspeições.
Se não deve, as equipas – e são muitas – vão jogar contra o FCP com pouco mais do que as reservas, facilitando-lhe enormemente as vitórias.
 
E voltam as insinuações e suspeições.
Por que motivo um clube compra e promete comprar tantos jogadores?
E para que tem sobras tão abundantes?
 
Para emprestar e dominar, de forma directa ou indirecta.
 
Em Inglaterra, Mourinho viu-se em palpos de aranha quando, a meio de uma época, o acusaram de ter uma conversa com jogador de outro clube.
 
 
Em Portugal, é o que se vê … e que se sabe!
Compadrio, corrupção, árbitros comprados.
Classificações alteradas por conveniência.
Justiça desportiva a actuar aos solavancos.
Verdade desportiva há muito fugitiva deste lodaçal.
Público a emigrar dos estádios.
Portugal a baixar no ranquing europeu e mundial
A batotice a alastrar.
Os responsáveis a dormir e a sonhar
E a indústria futebol a definhar.
 
Organizar Campeonato do Mundo?
Portugueses, nem pensar!

 


07
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 14:46link do post | comentar | ver comentários (2)

 

1.O clube dos favores, como bem se sabe, teceu ardilosamente e tem imposto a sua verdade desportiva. Há quem diga – poucos, na realidade – que essa verdade se chama de batotice.
Tímida e veladamente, parece que já houve mesmo uma putativa encenação a que chamaram de condenação desportiva. Sim, parece que um clube supostamente grande e o seu presidente foram considerados autores de tentativa de corrupção desportiva e que, timidamente, Portugal, a Europa e o Mundo souberam dessa tentativa de batotice.
Sir Alex Ferguson teria dito depois que o tal clube condenado ganhava campeonatos como quem compra mercadoria no supermercado. Só não se sabe se ele já sabia em que moeda é que o comprador pagava tanta campionagem.
 
É incontestável que todo o verso do batoteiro favorecimento tem o seu reverso no inevitável pagamento que pode ser serôdio e servido em minimidade escandalosa.
 
O primeiro grande reverso verifica-se na vermelhidão das contas, a qual, de tanta reincidência, está finalmente a obrigar a um sistemático recurso ao crédito para pagar dívidas vencidas ou praticamente vencidas, sem que haja cheta para as saldar.
 
2.Da encenação de condenação desportiva já se disse algo. Falta acrescentar que essa encenação foi tão desajeitada que até alguns dos condenados sorriram e não se deram sequer ao incómodo de dela recorrer.
Condescendência com condescendência se paga!
 
 
Esta condenação teve, porém, um mérito. Ficou registada na memória das gentes, alguma curta outra longa, permitindo que, por devoção à verdade, se possam apelidar de corruptos por tentativa, ou batoteiros da verdade desportiva, aquele clube regional e seu presidente, novel conselheiro familiar.
 
Um dos piores reversos do ajuste de contas do favorecimento – que chegou a ser agraciado no nosso local dito berço da expressão democrática – foi a palestra de Platini a um jornal, salvo erro, espanhol. 
Platini disse ai ao mundo inteiro que não queria batoteiros nas provas uefeiras, estando a referir-se em concreto ao clube dos favores. A ousadia e o descaramento tem-lhe valido mimos sem fim dos escribas portugueses arregimentados para o efeito, quais virgens impúdicas da condenada tentativa de corrupção batoteira.
 
Só que Platini é chefe de orquestra que não batuta!
E que, ainda por cima, tem lá, no Comité de Apelo da UEFA, o Meritíssimo Juiz Mortágua!
Assim, como chefe graduado sem mandato, parece que terá de engolir o seu batoteiro!
 
3.Aqui há uns anos, a justiça de um País civilizado, a desportiva e a penal, actuaram rapidamente e a orquestra, de que Platini agora é chefe sem batuta, até teve a coragem de retirar um título europeu ao seu vencedor em campo! E o presidente respectivo acabou com o costado na prisão.
Outros tempos, outra gente, outra Justiça!
 
Aqui há uns anitos, menos, uma outra Justiça civilizada, mesmo em País berço da máfia, fez Justiça exemplar. Retirou títulos e baixou de divisão os batoteiros.
Mas já então, a UEFA, agora de um Platini enfurecido contra os batoteiros, se ficou nas covas…
 
Passados anos sem fim, a Justiça de Portugal está acabrunhadamente a julgar. E se o aparato e decurso da lide são, tal como a própria lide, considerados uma inutilidade, pela grande maioria das gentes, não deixa ela de nos ir revelando aspectos curiosos, alguns surrealistas, aqueles aspectos à moda de um cozido à portuguesa, mas azedo e putrefacto.
 
4.Não nos interessa tanto a histeria colectiva da minoria de adeptos fanáticos, guarda de honra a preceito da personagem. Interessa-nos, em primeiro lugar a revelação surpreendente dos dotes de um auto intitulado conselheiro familiar.
Não, não é pela provecta idade do novel conselheiro, isso seria um disparate! A idade tem uma importância de experiência e, no contexto humano, de vivência feita.
Também não é pela estapafúrdia escolha do senhor árbitro arguido que, se de problemas familiares padecia, o lógico seria pedir ajuda a um padre, psicólogo, psiquiatra, ou a um amigo do peito.
 
É, precisamente, pela vivência narrada da personagem agora devotada a conselheira!
 
De facto, recordamo-nos de alguns casamentos ou ajuntamentos vários, desfeitos e refeitos num ápice, uma barafunda permanente de mulheres e filhos … ou filhas!
Lembramo-nos de alegadas surras, em potência ou em acto, em cônjuge abandonado e agora de novo tomado!
Lembramo-nos de alegadas intervenções de polícias e ladrões contra os que queriam casas e mobílias, de alegadas disputas nos tribunais!
Finalmente, lembramo-nos das “estaladas em Carolina” que também vão a julgamento!
 
Não levamos a mal ao senhor árbitro. Afinal de contas, ele sabe de certas tradições. Sabe que, em ceras zonas do globo, quando se têm problemas familiares vai-se falar com o papa.
 
5.Admiram-se muito de que o senhor árbitro tenha exposto os seus problemas familiares, precisamente ao presidente de um clube cujo jogo ia apitar no dia seguinte!
Que pacovice! Então não era esse, porventura, o momento mais apropriado para a exposição de tais problemas e solicitar o melhor aconselhamento, em especial se aqueles tivessem a ver com questões do foro monetário, foro esse que é a principal fonte de que emanam problemas dessa natureza?!
Não é a própria alegada vivência do novel conselheiro familiar nas alegadas disputas de mobília, casa e restante recheio?!
E de alegadas faltas de pagamento de colégio de filhos, ou melhor, filhas?!
 
O senhor árbitro escolheu o melhor conselheiro de ocasião … e precisão!
 
6.O segundo episódio digno de registo é mais burlesco, mais ficcional, presenciamo-lo no cinema a toda a hora.
Presenciámo-lo ao vivo, todavia, naquela região de, ao que parece, um outro Portugal!
Presenciámo-lo há umas décadas, quando um certo guarda era o chefe da trupe que arriava nos adversários, para ela inimigos, nem que estes fossem presidentes de outro clube de futebol.
Presenciámo-lo há pouco com os adeptos do Benfica que pagaram o seu bilhete por inteiro mas a quem a polícia só deixou ver metade do espectáculo.
Presenciámo-lo agora na agressão a uma testemunha que, supostamente, devia estar protegida pelas forças de segurança.
 
O insólito de, pela primeira vez, termos visto uma testemunha como alvo da fúria da populaça e a santificação sacrílega do réu, é coisa que não espanta! É o resultado natural do clima de guerrilha que o réu tem promovido de há duas décadas e meia para cá.
Tratou-se do arrivismo próprio da guarda pessoal que escolheu!
Que o diga Ricardo Bexiga!
Que o disse Paulo Assunção que não ficou, ele e a família, sem as suas perninhas porque … ó pernas para que te quero!... E pôs-se na alheta para o estrangeiro, antes que se fizesse tarde!
 
Aquilo que se viu é uma marca registada!
 
7.O que é verdadeiramente grave é que as forças de segurança não cumpram o seu dever nacional e, por acção ou por omissão, protejam os interesses de um certo clube regional e do réu, seu presidente!
Mas o espanto esvai-se quando estamos num País em que se consegue avisar o réu para fugir antes de ser detido!
E quando a presunção era a de que essa detenção devia estar no maior dos segredos dos deuses!
 
8.O episódio mais marcante deste julgamento – até ao presente, diga-se – estava, porém, reservado um pouco mais para diante. Trata-se da testemunha – ou melhor, do que ela disse – Senhor Dr. Juiz Mortágua.
 
O Dr. Juiz Mortágua revelou factos e episódios de extrema importância, tanta quanta a gravidade que lhes está subjacente.
Para o Meritíssimo Juiz Dr. Mortágua, 500 contitos para subornar um árbitro de futebol é devaneio acriançado, uma espécie de rebuçado com que se vai acalmando a gulodice da petizada!
 
Não, nada disso que estais a pensar, o Dr. Juiz sabe que havia árbitros corruptos!
O Dr. Juiz até sabe de um caso concreto em que o árbitro corrompido custou 1.500 contos a cada clube!
São 1.500 contos, caramba, 1.500 contos a dobrar, quais quinhentos contitos?!
Por isso, conclui o Senhor Dr. Juiz Mortágua, falar em 2.500 € (os tais 500 contitos!), é um dislate, uma tontice!
 
O Meritíssimo Juiz Mortágua esqueceu-se de muitas coisas. Inclusive, e o que é mais grave, das implicações que as suas declarações encerram.
 
Esqueceu-se de que teve responsabilidades como conselheiro da Comissão Disciplinar da Liga, de que foi presidente!
Esqueceu-se de que teve responsabilidades como conselheiro do Conselho de Justiça da FPF, de que foi presidente!
Esqueceu-se de que os juízes têm deveres de ética muito superiores aos do comum dos cidadãos!
Esqueceu-se de que, enquanto juízes, não devem pactuar, em momento algum e seja em que circunstância for, com ilegalidades!
 
O Senhor Dr. Juiz Mortágua, tendo tido conhecimento dos casos de corrupção e de casos concretos de corrupção, devia ter tomado todas as medidas necessárias para punir esses casos!   
E devia tê-lo feito, não apenas como conselheiro da CD ou do CJ!
Devia tê-lo feito principalmente como e enquanto juiz!
 
Expõem-se aqui as palavras de um árbitro em actividade, transcritas num jornal, que revelam tudo o que se pode pensar da actuação do Meritíssimo Juiz Mortágua:
 
«…Se houve corrupção, é grave. E tão grave como essas situações são as pessoas que dizem que sabiam e não fizeram nada na altura própria. Estão ao nível do suborno e da corrupção. Não faço comentários à pessoa mas às palavras…»! (o sublinhado é nosso)
 
Não são necessários mais comentários, estas frases espelham bem a corrupção do futebol português e a protecção que foi e é dada aos corruptos.
 
É que o Senhor Juiz Mortágua, com o que pretendeu ser uma anedota brincalhona, em coisas muito sérias, ainda para mais, se atendermos à época de abastança do presente, esqueceu-se, e não devia ter-se esquecido, de um facto concreto da realidade e da história da corrupção no futebol português!
 
O único caso – o único, Meritíssimo Juiz! – de condenação de um árbitro por corrupção em Portugal, aconteceu por ele ter recebido … 500 contitos … nada mais!...
 
Será que o Senhor Dr. Juiz se esqueceu do chamado caso dos quinhentinhos?!
 
9.Voltou à liça nos corredores do julgamento o caso da fuga do réu para Espanha, antes de ser detido, fuga que teria alegadamente sido abençoada pelo Meritíssimo Juiz Mortágua, com uma passagem pela sua casa em Vila Nova de Cerveira.
O Senhor Dr. Juiz voltou a negar ter dado guarida ao fugitivo, uma vez que já dissera várias vezes não ter casa naquela localidade.
 
Não tiremos, todavia, conclusões precipitadas deste facto!
A negação só prova – de resto, com a ajuda de outra prova até mais convincente – que o Meritíssimo não tem casa em Vila Nova de Cerveira e que, por isso, não deu guarida em sua casa, naquela localidade, ao fugitivo réu!
 
Não prova, por exemplo, que o Senhor Dr. Juiz não tenha lá amigos e até que lhes não tenha solicitado o favor!
 
Mas também não prova que tenha lá esses amigos ou que lhe tenha pedido o favor da guarida!
 
Sejamos claros, o que fica, possivelmente ad aeternum, é a dúvida, porque avisado foi o fugitivo e ajudado também!
 
10.Mas este julgamento parece fugir à realidade que lhe está subjacente. Essa realidade não foi propriamente a de beneficiar o clube do réu com uma vitória. Essa realidade foi a de assegurar que o clube do réu não tivesse problemas de maior pelo facto de ir jogar com nove jogadores das chamadas reservas, a fim de poder descansar os jogadores titulares para o jogo da Liga dos Campeões, a disputar daí a três dias!
Não foram só os clubes nacionais os burlados ou os que se tentaram burlar!
Foi também, e principalmente, o Desportivo da Corunha e, por tabela, a UEFA!
 
É um julgamento que, de facto, flutua sobre a realidade e a verdade material, seu objectivo único e sagrado.
Com efeito, para que servem os peritos chamados a analisar as incidências do jogo e os supostos favores do árbitro dos aconselhamentos familiares?!
Se esses peritos concluírem pela não visibilidade real de favores, o que é que isso prova?!
Prova que o árbitro não foi corrompido?!
 
Não, quando muito pode provar apenas que se não vislumbraram casos de favorecimento!
 
Por isso, fazem todo o sentido as palavras do ex-árbitro auxiliar do paciente do bisonho conselheiro familiar, de resto, árbitro esse escorraçado da arbitragem por incomodidade ao sistema:
«…Analisar jogos depois do final é como saber o Euromilhões ao sábado de manhã…»

 


06
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 11:20link do post | comentar | ver comentários (2)

 

As contas à moda do porto também se pagam e nem sempre são baratas. As facturas começam a chegar de todos os quadrantes, as dívidas estão vencidas ou com prazo de vencimento a esgotar-se!
 
Pagar fruta, rechear envelopes, comprar influências, oferecer viagens de férias, satelizar parceiros e coisas afins, tem dado elevados dividendos futebolísticos nas últimas duas décadas e meia.
 
Até aqui, os custos têm sido apenas os inerentes à verdade desportiva, corrompida, adulterada e aprisionada. Verdade desportiva até agora sem grande valor de mercado … e não só no nacional!
Umas multitas de tostões, umas condenações eufemísticas de tentativa que não condenam, uns ameaços de exclusão.
E já ninguém espera muito mais!...
 
O caminho foi incomensuravelmente facilitado!
Houve farta ajuda camarária!
Ofereceram-se terrenos e facilidades para construir estádios, (v.g. Relatórios do Tribunal de Contas e da Inspecção Geral de Finanças), construíram-se centros de estágio e de treino para ofertar!
 
Paralelamente, as conhecidas ajudas futebolísticas em abundância, auto-estradas rumo aos milhões da Europa!
Em consonância consequente, sorvem-se milhões da Champions League!
Ataviam-se jogadores na vitrina europeia, vedem-se por bom preço, vezes sem conta gato por lebre, recebem-se milhões e mais milhões!
 
Mas as contas estão sempre no vermelho!
Que maldição! Sonham com vermelho a toda a hora, ruminam noite e dia forma de o afugentar … e ele sempre a atormentá-los! Uma azia permanente!
Até nas contas!...
 
Ao que parece, a deficiência tornou-se, finalmente, estrutural. Veio para ficar!
Ainda há bem pouco tempo, dirigente responsável pela área financeira anunciava que o equilíbrio das contas exigia a realização de mais valias com venda de jogadores, na ordem dos 25 M€ ano.
Neste semestre, 18,7 M€ já foram conseguidos!
E as contas coladas no vermelho, só vermelho e mais vermelho!...
 
É verdade que o tal dirigente se desculpa com a melhoria de contratos, com o reforço do plantel, com o aumento dos encargos financeiros, nomeadamente o crédito!
 
Investir nos reforços, lá isso investiu, mais até do que o Benfica, embora seja um segredinho dos jornalistas que só vêem vermelho … menos o vermelho das contas do clube dos favores!
Foram só 30 M€, mais coisa menos coisa, em novos jogadores, com muito poucos deles a mostrarem qualidade, segundo dizem alguns menos timoratos e se vai observando! Aliás, se verificarmos que o clube das contas sistematicamente no vermelho perdeu por 4-1, frente ao seu satélite de condes e viscondes, (de fato surrado também pela vermelhidão das contas), com uma fornada de jogadores que lhe custaram a módica quantia a rondar os 25 M€, nem são precisas mais demonstrações!
 
Melhorar contratos, lá isso também melhorou! E nalguns casos, até muito bem!
Então não é que o “cebola”, dizem as más-línguas – como a de MST – ganha praticamente o que Quaresma foi ganhar no Inter?!
 
Nunca uma vítima do surripianço costumeiro daquelas bandas ficou tão agradecida!
Falamos do Benfica, imensamente grato por se ter livrado de um mercenário de marca e por ver que a vilanagem consegue dar a sua ajudinha à vermelhidão cada vez mais avermelhada daquelas contas!
 
O aumento dos encargos financeiros, nomeadamente o crédito, não é indício nem parcela do agravamento vermelhão dos problemas económico-financeiros!
Felizmente para o Benfica e para todos os que prezam a verdade desportiva, ele é o verdadeiro problema!
O crédito contraído, e a contrair, não se destinou a investimento!
Destinou-se e destina-se a pagar dívidas vencidas ou praticamente vencidas e não pagas!
Isto é, o clube dos favores e das contas, sempre e cada vez mais vermelhas, começa a não conseguir, a estar impossibilitado de cumprir pontualmente as dívidas já vencidas, ou que se vencem brevemente, sem recorrer a empréstimos para as pagar!
 
Isto foi dito pelo tal dirigente responsável pela área económico-financeira!
Isto é o indício mais impressivo do começo de uma insolvência, vulgo o que, erroneamente, ainda muitos apelidam de falência!   
 
O vermelho das contas do clube dos favores já se verifica há muito tempo e até com números bem mais expressivos. Mas nunca se verificou tanta preocupação!
No entanto, parece que ainda há migalhas! E é comovedor ver tanta gente afadigada!
 
Com um quadro composto por 62 jogadores, quase o triplo dos que normalmente uma equipa precisa, os custos dos favores têm de ser elevados porque os salários destes também são pagos, em grande parte por quem é o seu verdadeiro patrão.
Assim se compreende melhor que o director-geral do patronato já vá prevenindo os seus apaniguados de que o novo grupo passa por jovens jogadores portugueses com potencialidades de crescimento, sob o signo, dizem, de uma nova política desportiva e financeira.
 
E tem razão, o director-geral! Se são novos, têm naturalmente ossos e músculos em crescimento! Era o que faltava se não tivessem!
Bem, pode algum ser anão!
Mas o dito director-geral também não tem razão para grandes alarmes, seja qual for a novidade dos jovens. Há sempre potencialidades de lhes crescer a barriga!
 
Só Moreira, comentarista televisivo, não vai na conversa. Sem papas na língua, diz que a nova política anunciada é uma "confissão do fracasso".
Moreira vai mais longe e lamenta que esta viragem "não tenha sido antecipada como política estratégica há mais tempo, mas só agora, forçada pelas circunstâncias".
E Moreira reforça:
"Isto é uma confissão do fracasso. Se tivesse sido feito antecipadamente, a situação da SAD seria bem mais saudável nesta altura e o FC Porto não seria obrigado a vender os seus anéis todos os anos, como acontece".
 
Parece que, de resto, o comentarista não teria sido muito bem tratado, o que demonstra que, por aquelas bandas, união nem sempre é o prato forte. E lá vem o seu queixume lamuriento:  
"Uma das razões pelas quais saí do Conselho Consultivo há uns anos foi porque propus estas políticas de mercado. E não só recusaram como me excluíram do Conselho Superior."
 
É certo e sabido que o pagamento de favores ainda vai obrigar a vender mais uns anéis!
E eles já não são muitos e alguns são já uma mistura de latão!
 
Ou venda de anéis, ou contas cada vez mais vermelhas!
De resto, é a cor que eles adoram, agora que nem posses têm para se fazer de caros!

05
Mar 09
publicado por hoogavermelho, às 11:31link do post | comentar | ver comentários (1)

 

 
 
1. Falência “técnica”, um mito de muitos escritos
 
Vários jornalistas e comentaristas de jornais, rádios e tv.s, escrevem ou falam, em título ou subtítulo, que as SAD.s dos três grandes estão em falência técnica. A única explicação, não explícita mas implícita, que se pode recolher do arrazoado desenvolvimentista é o de que os seus capitais próprios estão muito aquém do que preceitua o artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais.
 
Mas onde é que o preceito citado fala em falência, técnica, ou não técnica, quando se verifique estar perdido metade do capital social?!
O preceito fala de dissolução e dissolução é algo muito diferente de falência!
A dissolução de uma sociedade não tem nada a ver com falência! Uma sociedade pode ser dissolvida e estar em pleno desenvolvimento económico-financeiro!
 
Toda a gente fala no artigo 35º do CSC. Mas será que esse artigo estará em vigor?!
Não nos referimos ao facto de ninguém o aplicar, não estamos a sugerir o deixa andar típico de muita coisa em Portugal!
Estamos a referir-nos mesmo à sua vigência legal!
 
Toda a gente do tal futebol falado mas não sabido, de que falava há pouco Queiroz, fala também muito em falência, falência, falência técnica, falência, falência técnica!...
Mas, consagrado na lei, já não existe o termo e o conceito de falência!!!
Já não há declarações de falência!!!
Já não há administradores de falência!!!
Já não há massas falidas!!!
 
 
 
2. As “meias verdades” do jornal “A Bola”
 
O jornal “A Bola” on line (outro não se lê) apresentou uma notícia tendenciosa e mistificou alguns números, ou por ignorância, ou por desleixo, ou por má-fé.
Quanto à notícia tendenciosa, apresentou os passivos e escondeu os activos correspondentes.
Foi para se ficar a saber que o passivo da SAD do Benfica é o maior?!
 
De acordo com os números apresentados, isso é óbvio. Mas que número são esses?!
É então que a tendenciosidade de “A Bola” se combina com a mistificação dos números.  
 
As SAD.s do FCP e do SCP agregam outras sociedades do grupo, para embelezar os números. Fazem crescer os números das receitas e escondem os números das despesas e ou dos passivos que lhes não interessam.
Os números da SAD do Benfica são mesmo só da SAD, em receitas e em despesas, em activos e em passivos.
 
O mesmo se passa na apresentação das contas anuais. O Benfica apresenta o consolidado de todo o grupo.
O Sporting e o FCP apresentam apenas as contas das SAD.s, juntando-lhe os números de outras sociedades do grupo, mas apenas os números que mais lhes interessa apresentar.
Por que é que “A Bola” não pede as contas consolidadas de todo o grupo, do FCP e do SCP? Então é que ela iria ver os números dos diversos passivos ou, se preferir, os números dos passivos totais! Talvez depois não fosse tão lesta a apresentá-los!...
 
De toda a maneira, se “A Bola” apresentou os números daqueles passivos, podia apresentar também os correspondentes activos.
 
 
SLB
SCP
FCP
PASSIVO
147,3
141,9
143,5
ACTIVO
161,1
137,0
156,9
CAP. PRÓPRIOS
13,8
- 4,9
13,4
em milhões de euro
 
E podia-se comparar, como é fácil! Ver-se-ia que os capitais próprios do SCP são os únicos que estão no vermelho. Logo, será a sociedade que está mais perto de preencher o conceito legal, não de falência ou falência técnica, mas de insolvência.
 
O FCP também está com sérias dificuldades para pagar dívidas vencidas. Não são dívidas que se hão-de vencer no futuro, mas dívidas vencidas … e que não pode pagar!
É por isso – e foram dirigentes seus que o afirmaram – que estão a negociar um empréstimo para pagar dívidas que se vencem agora, em 2009. Isto é, o FCP não dispõe de meios para pagar dívidas que contraiu no passado e tem de pagar agora, tendo de recorrer ao crédito e adiar para mais tarde esse pagamento!
 
Aqui há uns anos, os jornais e televisões, aí incluído o jornal “A Bola”, enchiam as páginas de parangonas e abriam noticiários com notícias de que o Benfica tinha de recorrer ao crédito para pagar dívidas vencidas!
Agora, esquecem-se convenientemente, ou colocam duas linhas de letras pequeninas, nos fundilhos interiores de alguma página!
 
É claro que também sabemos que não é só a reverencial vassalagem! É essencialmente porque FCP ou SCP não dão dinheiro a ganhar a ninguém, são pequeninos, pequeninos, não valem uma primeira página nem a abertura de um telejornal!
 
Obviamente, as dificuldades do FCP parecem muito difíceis de perceber num clube que, todos os anos, ganha dinheiro a rodos na Europa e em mais valias com a venda de jogadores!
Percebem-se, são o preço da satelização e do pagamento de influências! O FCP tem um quadro de 62 futebolistas, noticiou hoje um jornal! Quase o triplo do que precisa! Custam-lhe quase tanto os emprestados como os que trabalham na casa! A influência e o facilitismo posterior em muitos jogos com clubes satélites custa-lhe dinheiro!
Que o diga, por exemplo, o speaker do Restelo! 
 
 
 
 
3. As diatribes de Franco
 
Perante as contas apresentadas pelas SAD.s em análise, Soares Franco veio dizer:
«…somos de longe o clube com melhor futuro…»
 
Aqui há uns tempos foram aprovados pelo Sporting, em AG, uns célebres VMOC’s contra os quais, (principalmente Dias da Cunha), alguns sportinguistas se bateram duramente, dizendo, entre outras coisas, que o SCP corria grave risco de deixar de ter a maioria da SAD de futebol. E, como ainda por cima, Franco transferiu para o domínio daquela SAD de futebol a Academia de Alcochete, o SCP, acrescentava Dias da Cunha, perdia SAD de futebol e perdia Academia.
 
Aquela designação esquisita de VMOC’s parece que quer significar em concreto que a SAD de futebol pretende contrair um empréstimo obrigacionista, cada título custando 5 euro, até ao montante de 55 M€.
No fim do prazo, a SAD em questão não fará o reembolso do capital emprestado, pretendendo converter as obrigações em acções da mesma sociedade.
 
O juro até é capaz de ser atractivo mas, depois, a moeda de troca não é o dinheiro vivo que foi emprestado, são acções, tantas quantas as necessárias, pensamos, para pagar o dinheirinho emprestado. E como as acções da SAD de futebol do SCP valem um euro e pouco, quem emprestou dinheiro pode ficar abarrotado de acções!
É claro que, se o grande detentor das obrigações, no momento do resgate, for um Joaquim Oliveira, um Abramovich, um barão do petróleo ou de outras coisas, até pode ficar todo contente com o negócio!
O Sporting é que vai ver por um canudo a maioria do capital da SAD, com a sua Academia e tudo!
E Dias da Cunha tem razão!
 
Mas Soares Franco também!
Reparem que ele acrescenta esta verdade à la Palisse:
«…o seu mérito (dos VMOC.s) é de não ter de fazer o reembolso…» 
 
Pois pudera! Pedir um empréstimo e depois não ter de pagá-lo!
Assim, qualquer um pode ter um “melhor futuro”!...
 
O que Franco não diz é que não tem de pagar porque vende ... a SAD de futebol e a … Academia de Alcochete!
Isto, é, depois de vender alguns tarecos, que o Sporting ainda possuía, agora vende o bife, a febra e o coiro!
Talvez depois ainda restem alguns ossos!
 
Bom futuro, bom futuro!

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